Regulamentação brasileira é referência, avalia Banco Central

A regulamentação brasileira relativa a registros de operações de títulos no mercado de balcão virou uma referência internacional, principalmente após a crise do crédito de risco nos EUA, e começa a ser estudada para ser copiada no exterior, inclusive por países com mercado financeiro desenvolvido. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (25) pelo chefe-adjunto do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, durante o 2º Seminário Internacional sobre Renda Fixa, em São Paulo. "A regulamentação brasileira é uma jabuticaba tão interessante que já querem implantá-la lá fora", disse.

De acordo com Odilon, o sistema de registros brasileiro tem papel fundamental na supervisão do Banco Central. "No começo, a regulamentação foi uma necessidade, mas hoje já faz parte do mercado e é bom para todos porque traz transparência", considerou. O chefe-adjunto ressaltou também que um dos países interessados em implantar o sistema são os Estados Unidos, que passam por um período de forte turbulência justamente em função da inexistência de regulamentação de algumas áreas do mercado financeiro. "Nos Estados Unidos é assim: umas coisas têm regras demais; outras, não têm nenhuma", comparou.

Odilon destacou anda que o Banco Central brasileiro "aprendeu bastante" com a crise do crédito de risco (subprime). Ele relatou que a autoridade monetária tomou medidas para evitar alavancagem de algumas instituições estrangeiras no País, bem como operações cruzadas. "Fomos muito criticados por isso na época, mas em seguida veio o subprime e vimos que tínhamos razão", considerou.

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