Juros

Redução da Selic a 7,25% foi o “último ajuste”, diz Copom

A maioria dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central entende que ainda restam incertezas quanto à velocidade de recuperação da atividade econômica. A informação consta na ata da última reunião do órgão, em que a taxa básica de juros foi reduzida em 0,25 ponto percentual, para 7,25% ao ano.

Três diretores do BC votaram pela manutenção da Selic em 7,5% ao ano. Cinco votaram pela redução.

“A maioria dos membros do Copom argumentou, em especial, que restavam incertezas quanto à velocidade de recuperação da atividade, em grande parte, em decorrência das perspectivas de que o período de fragilidade da economia global seja mais prolongado do que se antecipava, com repercussões desinflacionárias sobre a economia doméstica”, diz a ata. Além disso, os diretores argumentaram que “as recentes pressões de preços decorrem, principalmente, de choques de oferta, internos e externos, que tendem a reverter no médio prazo”. “Portanto, no entendimento desses cinco membros do comitê, o cenário prospectivo para a inflação ainda comportava um último ajuste nas condições monetárias”.

A ata do Copom também traz a justificativa para o voto dos diretores para que não houvesse mais corte na Selic. “A minoria dos membros do Copom ponderou que a recuperação da atividade tende a ser sustentada pelos impulsos monetários, fiscais e creditícios já introduzidos na economia”.

Para esses diretores, “eventualmente, pressões de demanda e de custos poderão incidir sobre a inflação. Consequentemente, na visão desses três membros do comitê, o cenário prospectivo para a inflação não recomendava um ajuste adicional nas condições monetárias [redução da Selic]”.