Queda no juro será ainda menor em 2007

Brasília (AE) – O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou ontem que o espaço para redução da taxa básica de juros (Selic) no próximo ano é certamente menor do que neste ano. Ele ponderou, entretanto, que o importante é que a inflação e as expectativas inflacionárias permaneçam sob controle, dando condições para a Selic continuar a cair, bem como as taxas de juros de médio e longo prazos, que favorecem a expansão do consumo e dos investimentos produtivos. ?A queda não deve ser só da Selic, mas também das taxas de médio e longo prazos?, afirmou Kawall, no 2.º Seminário Internacional de Finanças Públicas, promovido pelo Tesouro Nacional, em Brasília.

Kawall afirmou, entretanto, que taxas maiores de crescimento econômico não passam exclusivamente pela redução da taxa básica de juros. Segundo o secretário, para que o Brasil cresça a uma taxa de 5% nos próximos anos, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é preciso incentivar os investimentos públicos e privados. ?Agora temos que buscar avançar no sentido de abrir espaço para mais investimentos públicos?, disse Kawall, destacando que também os investimentos privados precisam crescer.

Impostos

O secretário do Tesouro Nacional afirmou que não há espaço para uma ?queda vertiginosa? na carga tributária brasileira. Segundo ele, uma redução do peso dos impostos na economia vai depender do espaço a ser criado pelo controle dos gastos correntes, que faz parte das medidas do pacote fiscal em estudo pela equipe econômica.

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