Projeção para o PIB de 2009 cai para -0,01%

Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado realizada nos dias 7 e 8 de maio com 31 instituições financeiras apontou uma redução da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2009 de alta de 0,30% no levantamento realizado em março para -0,01%. “Embora tenha ocorrido uma ligeira queda na previsão atual para o Produto Interno Bruto, acredito que a tendência é de as próximas pesquisas não apontarem mais piora, e o indicador deve ficar próximo deste patamar”, comentou o economista-chefe a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg.

Apesar da redução da média das estimativas dos analistas de bancos, Sardenberg ressaltou que esta foi a reunião que apresentou um quadro geral mais estável em relação à economia brasileira, desde que assumiu o cargo, em setembro de 2008, próximo ao anúncio da concordata do banco americano Lehman Brothers.

A percepção dos analistas manifestada nas projeções de indicadores macroeconômicos já levam em consideração a melhora do humor dos investidores internacionais em relação ao Brasil, o que está gerando elevações sequenciais do índice Bovespa e contínua apreciação do real ante o dólar dos Estados Unidos.

A previsão para a taxa de câmbio no fim do ano variou de R$ 2,29 para R$ 2,17 por dólar. Como há sinais incipientes de leve redução do vigor da recessão mundial, os preços das commodities (matérias-primas) apresentam evolução. Esse foi um dos motivos que levou os especialistas a aumentar a projeção do superávit comercial para este ano de US$ 13,8 bilhões para US$ 17,3 bilhões.

Como contrapartida dessa melhora do salto das exportações em relação às importações, a projeção média para o déficit de transações correntes caiu de US$ 20,4 bilhões para US$ 14,1 bilhões. Os Investimento Estrangeiro Direto (IED) também deve registrar uma elevação com um desempenho mais favorável dos fluxos de capitais para o País, o que aumentou a projeção do IED de US$ 21,3 bilhões para US$ 22,7 bilhões este ano.

Por enquanto, os analistas do mercado estão um pouco cautelosos com a tendência de queda da inflação neste ano em razão da crise internacional, pois a média das estimativas colhidas pela pesquisa indicou um aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,3% para 4,4% ao fim deste ano. De qualquer modo, a projeção para o IPCA está abaixo do centro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, que é de 4,5%.

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