Poupança tem captação líquida de R$ 4,51 bi em outubro

A caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 4,512 bilhões no mês de outubro, informou nesta quarta-feira, 6, o Banco Central. O resultado é o mais elevado para o mês da série histórica, iniciada em 1995. Até o dia 30 de outubro, o saldo líquido da poupança não chegava a R$ 2 bilhões. Apenas no dia 31 ingressaram na aplicação R$ 2,519 bilhões, ou 79% do saldo total. Em outubro, os depósitos somaram R$ 125,8 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 121,3 bilhões. Em setembro deste ano, a captação foi positiva em R$ 6,696 bilhões. Em outubro do ano passado, a entrada superou a saída de recursos em R$ 3,242 bilhões.

Mais do que isso, o resultado dos primeiros 10 meses de 2013 já ultrapassou a marca de R$ 49,720 bilhões visto em todo o ano de 2012. De janeiro a outubro, os depósitos na caderneta superaram os saques em R$ 53,459 bilhões. No acumulado dos dez primeiros meses de 2012, a captação ficou positiva em R$ 36,428 bilhões. Em 2013 até outubro, os depósitos somaram R$ 1,166 trilhão e os saques, R$ 1,112 trilhão. Com os dados de outubro, o saldo da poupança este ano, já considerando os rendimentos, está em R$ 574,250 bilhões.

Tradicionalmente, outubro não é um mês forte de arrecadação de fundos para a poupança. Segundo especialistas, um dos fatores que explicam o movimento mais fraco de outubro em relação aos demais meses do segundo semestre é o de que já foi dado o adiantamento do pagamento do 13º salário a aposentados em agosto e setembro (quando os saldos foram recordes), e ainda não começou a ser debitado o benefício para os demais trabalhadores e pensionistas, o que ocorre nos meses de novembro e dezembro.

Historicamente, dezembro é sempre um mês forte de captação de poupança. A poupança segue como importante investimento entre os brasileiros, mesmo com as mudanças na remuneração da aplicação, que diminuíram o rendimento da caderneta dos depósitos feitos entre maio do ano passado e agosto deste ano. Pela nova forma de remuneração, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 9,50% ao ano. Quando a taxa básica sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.