Polícia italiana prende ex-diretores da Parmalat

A polícia italiana cumpriu os mandados de prisão, quarta-feira, de vários diretores da Parmalat, supostamente envolvidos na quebra da gigante dos laticínios. Até agora, nove pessoas já foram presas, entre eles dois ex-executivos do departamento financeiro da empresa, Fausto Tonna e Luciano Del Soldato, e dois ex-executivos da empresa de auditoria que prestava serviços à Parmalat, a Grant Thornton.

Enquanto estava em andamento a operação de cumprimento dos mandados, inspetores da comissão americana de operações da bolsa (SEC), que acusa a Parmalat e seus dirigentes de fraude na bolsa, chegaram a Parma. A SEC apresentou uma queixa frente a um tribunal de Nova York, acusando o grupo italiano de ter “realmente superfaturado os ativos da empresa e subestimado as dívidas” com os investidores americanos.

Fausto Tonna foi, durante anos, o braço-direito de Calisto Tanzi, fundador da Parmalat e diretor financeiro do grupo até março de 2003 – Tanzi está na prisão desde sábado. Tonna, assim como Tanzi, reconheceu ter falsificado os balanços da Parmalat, mas afirmou ter agido seguindo instruções do presidente.

As outras pessoas citadas nos mandados de prisão estão, no caso dos contadores, acusados de ter fabricado materialmente as falsificações que permitiram alterar os balanços da Parmalat para ocultar um rombo de 10 bilhões de euros.

A Parmalat entrou, na última terça-feira, com pedido de concordata, quatro dias depois da constatação de um rombo de 3,9 bilhões de euros em seu balanço. No sábado, uma corte de falências da Itália declarou a insolvência do braço principal de operações da empresa.

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