Pirataria dá prejuízo e corta 17 mil empregos

São Paulo – A pirataria audiovisual atinge 35% do mercado desta indústria no Brasil, equivalente a R$ 370 milhões em prejuízos. Cerca de R$ 100 milhões deixam de ser arrecadados em impostos, além de ocasionar o desaparecimento de aproximadamente 17 mil vagas do mercado de trabalho. Os dados são da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adep) e da Motion Picture Association (MPA).

As duas instituições lançaram ontem uma campanha para combater a pirataria de filmes e programação de audiovisual no Brasil. O principal objetivo é atingir o público adolescente -faixa etária entre 13 e 17 anos -, conscientizando sobre os efeitos negativos da pirataria na economia local, desestimulando a compra ou o download não autorizado pela internet de obras audiovisuais piratas.

A campanha conta com dois trailers que serão exibidos a partir da próxima semana (durante três meses) em cerca de 1.800 salas de cinema do Brasil. “A campanha é resultado da união entre produtoras, distribuidoras e exibidoras de obras audiovisuais de todo o mundo. É a primeira vez que trabalhamos em conjunto para combater a pirataria e seus efeitos nocivos na economia local”, disse Steve Solot, vice-presidente da MPA para a América Latina.

Os trailers, produzidos pelas associadas à MPA, demandou investimentos da ordem de US$ 300 mil. Serão exibidos em 40 países que aderiram à campanha. O Brasil é o primeiro da América Latina a lançar a campanha e o segundo do mundo. A estimativa é atingir em torno de 20 a 30 milhões de pessoas durante o período que veicular a campanha. “Passaremos, depois a outras fases da campanha. A primeira fase se resume à exibição nos cinemas, que não cobraram nada por isso. Mas como ela será depois, depende muito de cada país”, disse Solot.

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