Petróleo supera os US$ 47, mas fecha o dia em queda

O preço do petróleo fechou em queda ontem, após subir mais de 4% e superar o patamar de US$ 47. A perspectiva de frio intenso nos EUA e a possibilidade de a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduzir ainda mais sua cota oficial de produção preocupa os investidores. No entanto, o final do pregão foi marcado pelo movimento de venda para embolsar os lucros com a valorização.

O barril para entrega em janeiro chegou a ser negociado na Bolsa Mercantil de Nova York a US$ 47,30, mas fechou a US$ 45,30 (-0,29%). Em Londres, o petróleo tipo Brent para fevereiro caiu 0,53%, para US$ 42,95 o barril.

O inverno nos EUA preocupa os investidores. Uma onda de frio mais intenso poderia comprometer o atendimento à demanda por combustível para aquecedores, principalmente no nordeste do país, região onde mais se consome o produto.

O estoque de gasolina no país cresceu em 2 milhões de barris, enquanto o de petróleo caiu em 3,3 milhões de barris. Os níveis de ambos os estoques continuam acima dos registrados no mesmo período do ano passado, no entanto.

Na semana passada, o governo iraniano anunciou que pretende defender o preço de US$ 40 para o barril do petróleo na próxima reunião da Opep, programada para 30 de janeiro, em Viena (capital da Áustria).

Os países membros do cartel pretendem defender um corte maior nas cotas de produção para evitar que os preços do barril caiam muito – o que pode acontecer, devido aos volumes de estoques em crescimento nos países consumidores e à diminuição da demanda, com o fim do inverno no hemisfério Norte.

Se os preços atuais caírem abaixo de US$ 40, o cartel irá considerar uma nova redução na cota oficial de produção entre 1 milhão e 1,5 milhão de barris diários.

O ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, disse, no entanto, que é cedo para dizer o que o cartel decidirá no fim do mês.

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