Os contratos futuros de petróleo Brent, negociados na bolsa londrina ICE Futures, e de petróleo WTI, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), dispararam na última hora de sessão, impulsionados pelo dólar mais fraco e notícias sobre a formação da tempestade tropical Lorenzo no Golfo do México. Segundo operadores e analistas, esta alta é uma continuidade do movimento que começou na quarta-feira após a divulgação dos dados semanais dos estoques comerciais dos EUA.
"Enquanto o mercado estiver convencido que não estamos entrando em uma recessão, o barril a US$ 80 é uma possibilidade realista" disse o analista sênior de mercado da Alaron Trading Corp, em Chicago, Phil Flynn.
Os dados divulgados ontem pelo Departamento de Energia (DoE) também contribuíram para a alta dos preços. A taxa de utilização da capacidade instalada das refinarias caiu acima das expectativas, em 2,7 pontos porcentuais, para 86,9% na semana passada. A produção de gasolina na semana caiu 3,8%, ou 348 mil barris/dia, para 8,822 milhões de barris/dia.
A forte alta nos futuros de óleo para aquecimento e petróleo bruto está "refletindo as preocupações de que não poderemos elevar a produção para atender a demanda de inverno", disse o analista Mike Zarembski, do OptionsXpress. "Os temores de inflação adicional estão se espalhando pelos mercados de commodities em geral", acrescentou.
No mercado de moedas, o euro atingiu a máxima de US$ 1,4190 no início da sessão em Nova York. Um enfraquecimento do dólar significa que os consumidores em outras moedas têm vantagem na compra do petróleo, apesar da alta dos preços.
Na Nymex, os contratos de petróleo WTI para novembro fecharam em US$ 82,88 por barril, em alta de 3,21%, depois de registrarem uma máxima hoje de US$ 83,00.
Na ICE Futures, às 15h41 (de Brasília), os contratos de petróleo Brent para novembro estavam em US$ 80,07 por barril, em alta de 3,41%, de uma máxima recorde, atingida nesta quinta-feira (27), de US$ 80,11. As informações são da Dow Jones.