Petroleiros votam paralisação

Os funcionários da Petrobras participaram ontem de assembléias no Paraná e em Santa Catarina para decidir se fazem uma paralisação de 24 horas na próxima segunda-feira, dia 17. A decisão deve sair hoje, quando os petroleiros terminam a série de reuniões sobre esta possibilidade. A categoria reivindica reajuste salarial de 9,89% e a suspensão da sétima rodada de licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), marcada também para segunda-feira.

O presidente do Sindipetro -Paraná e Santa Catarina, entidade representativa dos funcionários, Anselmo Ernesto Ruoso Júnior, explica que o reajuste de 9,89% é composto por 4,89% de reposição da inflação mais 5% de aumento real. Os petroleiros não gostaram da contra-proposta feita pelo Petrobras na semana passada, quando a empresa ofereceu apenas a equiparação dos índices de inflação. A data-base da categoria é primeiro de setembro. De acordo com Ruoso Júnior, a suspensão da licitação das reservas nacionais de petróleo e gás programada pela ANP é uma reivindicação de caráter político. Os funcionários querem alterações nas licitações.

Se a paralisação for confirmada, as três unidades da Petrobras no Paraná – Paranaguá, São Mateus do Sul e a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária – serão afetadas. ?Inicialmente será uma paralisação de 24 horas, mas se as reivindicações não forem atendidas, o nível de adesão pode aumentar e estabelecer uma greve por tempo indeterminado?, comenta Ruoso Júnior. A paralisação deve ocorrer em todo o Brasil.

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