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Petroleiros reivindicam mais transparência no pagamento da PLR

A campanha em torno do valor final a ser pago aos funcionários do Sistema Petrobras, por conta da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2010, no Paraná, atrasou em duas horas o início dos turnos nesta quinta-feira (07), na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e, nesta sexta-feira (8), retardará a entrada dos funcionários do administrativo do terminal da Transpetro, em Paranaguá, no Litoral do Paraná.

As manifestações seguem o cronograma da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e dos sindicatos em todo o País, que aprovaram o estado de greve nesta semana, não só para garantir um montante ainda maior na PLR, mas também para pressionar a Petrobras a tornar mais igualitário e transparente o pagamento do benefício.

“Desde 2008 estamos pleiteando um modo mais claro e justo no repasse desse provisionamento, porém, a empresa segue pagando a PLR da forma que quer, sem explicar para os petroleiros quais critérios estão sendo observados para o repasse da PLR”, aponta o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), Silvaney Bernardi. “Não há negociação com a empresa. Os petroleiros, por enquanto, só contam com a informação que a empresa repassa nos balanços para os acionistas”, acrescenta o presidente.

De acordo com a FUP, a distribuição da PLR se dá de forma irregular e transfere para os cargos com salários mais altos, os valores mais altos do benefício. Pela legislação, a empresa pode pagar em PLR até 25% do valor pago em dividendos aos acionistas. Em função da vinculação ao balanço final do ano, que a PLR no Sistema Petrobras sempre é paga em relação ao ano anterior. Segundo a FUP, o máximo que já foi pago foram 14%. Ainda conforme a Federação, a primeira rodada de mobilização, que se encerra nesta sexta em todo o País, tem a finalidade de alertar a direção da Petrobrás sobre o engajamento dos petroleiros pela transparência da PLR.

Em nota, a Petrobras não mencionou o impasse quanto à forma como é acertada a PLR. No comunicado, a empresa afirma que apresentou proposta para pagamento da PLR no dia 9 de junho e voltou a se reunir com as entidades sindicais no dia 21 do mesmo mês. Na mesma nota, a companhia também garantiu o compromisso de manter a continuidade operacional, a segurança e o abastecimento do mercado.