Rio – Os petroleiros ameaçam fazer uma paralisação de 24 horas na terça-feira para cobrar da Petrobras o cumprimento do acordo coletivo de trabalho. Segundo nota distribuída ontem pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a mobilização vem sendo aprovada pelas assembléias dos trabalhadores do Sistema Petrobras e prevê a suspensão da troca de turno em refinarias e terminais de distribuição.
A nota diz que a paralisação afetará também as unidades de exploração e produção de petróleo e gás e as áreas administrativas. A Petrobras não se manifestou sobre o assunto. Empresa e trabalhadores criaram grupos de trabalho para discutir o acordo coletivo da categoria, mesmo após a definição do reajuste salarial deste ano. Agora, os petroleiros querem que a estatal equipare as condições entre os trabalhadores novos e antigos, elabore um novo plano de cargos e salários e mude os critérios da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados. Além disso, pedem uma solução para os problemas da Petros, fundo de pensão dos funcionários que, segundo a FUP, está fechado e deixa fora de cobertura mais de 4 mil empregados.
A categoria pede ainda que a empresa conceda a anistia a todos os petroleiros demitidos em greves entre 1994 e 1996. A questão vem sendo discutida por uma comissão interministerial e, até agora, 82 trabalhadores já foram anistiados.