Petrobras negocia reajuste de gás para novos contratos

Brasília (AE) – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, informou ontem que está negociando um reajuste de preço de gás com as distribuidoras, apenas para os novos contratos. Gabrielli, que participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para falar do novo contrato de exploração e produção de gás na Bolívia, fechado no fim de novembro, esclareceu que o ajuste no preço do gás não tem relação na crise com a Bolívia.

Gabrielli explicou que até setembro de 2005 a Petrobras mantinha uma política de incentivo ao crescimento do mercado brasileiro de gás e evitava repassar aos distribuidores eventuais aumentos. Mas como esse mercado já se estabeleceu, a empresa decidiu ajustar os preços domésticos, de acordo com as regras de cada contrato. A defasagem de preços, esclareceu, varia de acordo com cada contrato.

O executivo reiterou que a Petrobras tem um plano para diminuir a dependência do gás boliviano. Em 2008, afirmou, o Brasil deverá ter mais 20 milhões de metros cúbicos diários de gás natural disponíveis, obtidos a partir da regaseificação de gás natural liquefeito, que será importado de países como Catar, Trinidad e Tobago e Argélia.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que também participou da audiência, disse que uma das unidades de regaseificação, com capacidade para reconverter 6 milhões de metros cúbicos/dia, deverá ser instalada no Ceará e a outra, com uma capacidade de 12 milhões a 14 milhões de metros cúbicos /dia deverá ser implantada no Rio de Janeiro.

Rondeau também reforçou que de acordo com o plano do governo de antecipar o crescimento da oferta nacional de gás, até 2008, deverá haver um acréscimo na oferta do combustível produzido no Brasil de 24 milhões de metros cúbicos diários e em 2010 chegaria a 39 milhões de metros cúbicos.

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