Petrobras critica recomendação do TCU

A Petrobras divulgou nota, na noite desta terça-feira, classificando como “inoportuna” a decisão do Tribunal de Contas da União de recomendar a paralisação de obras do PAC – dentre as quais alguns investimentos da estatal – e alertando para os prejuízos que o cumprimento da decisão trará.

“A Petrobras considera inoportuna as paralisações das obras neste momento, tendo em vista que os esclarecimentos já estão em andamento e, sobretudo, em virtude dos enormes prejuízos que esta medida iria causar”, diz a nota.

A estatal discorda do relatório do TCU que, frisa a nota, é “baseado em análises preliminares ainda não julgadas”, de superfaturamento, sobrepreço “ou qualquer outra irregularidade” em suas obras.

“A companhia está prestando todas as informações solicitadas pelo TCU nesse sentido, como sempre o fez e continuará fazendo. O que se verifica nos casos apontados pelo Tribunal são formulações e interpretações divergentes daquelas adotadas pela companhia”, diz o texto.

A estatal alega que obras de terraplenagem de refinarias de petróleo usam tabela de custos diferentes dos utilizados na construção de estradas e também as de obras de saneamento.

O argumento da Petrobras é de que as unidades de refino seguem especificidades próprias para determinar o custo da construção. “O Tribunal não considera estes itens, entendimento que resulta em diferenças nos valores apurados pela companhia e pelo TCU”, diz a nota.

Somente em relação à construção da Refinaria de Pernambuco (Abreu e Lima), a estatal informa ter encaminhado, para a auditoria do TCU “mais de 10 mil páginas entre esclarecimentos e documentos mostrando que há divergência entre os parâmetros adotados por esse órgão e os adotados pela Companhia, sobretudo em função da adoção do referencial SICRO 2 (DNIT) sem as devidas adaptações. O TCU ainda está analisando os contratos e já acatou muitos dos argumentos da Petrobras. Os demais pontos assinalados pelo TCU permanecem em discussão.”

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