Petrobras confirma aumento entre 15% e 25% para o gás

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, confirmou nesta quinta-feira (8) que a estatal vai promover um aumento real entre 15% e 25% sobre o preço do gás natural de produção nacional. O aumento, segundo ela, será diluído entre os setores. A diretora também afirmou que a Petrobrás vai negociar com cada uma das distribuidoras o aumento do preço.

Segundo ela, mais do que uma medida para desestimular o consumo, o aumento é necessário para garantir os investimentos da Petrobras para aumentar suas reservas de gás. "Hoje é mais do que sabido que o gás se encontra descolado do preço do petróleo internacional", disse ela.

Graça comentou que os aumentos serão negociados individualmente com as empresas e poderão ser parcelados em "18, 24 meses", dependendo do resultado de cada negociação. "Os custos são imensos na exploração e achamos como mais do que devido um aumento real sobre o preço nesta hora, decorrente da necessidade que temos de continuarmos a buscar novas reservas e também para financiar nossa expansão de transporte e logística. É necessário que haja remuneração para que os investimentos aconteçam de forma continuada", disse ela, que voltou a afirmar que "definItivamente, não existe crise do gás".

A descoberta de petróleo leve e gás natural em Tupi, na bacia de Santos, não terá "nenhum" impacto nas negociações com a Bolívia em relação ao gás, disse A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Com a Bolívia, a relação é de integração regional. É fundamental que o Brasil, como potência regional, importe gás da Bolívia. Apesar de preferirmos não depender deles, continuaremos importando gás", afirmou.

De acordo com ela, os contratos com a Bolívia serão cumpridos. A ministra fez um relato histórico de uso e políticas do gás no Brasil desde 2000 e concluiu afirmando categoricamente: "O Brasil tem política de gás. Por isso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) não tratou disso hoje".

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