Trabalho realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) vai ser usado como base para traçar as estratégias de desenvolvimento da economia pela Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mercosul, focando nas estratégicas de desenvolvimento local e inovação.
A intenção do governo estadual é utilizar a experiência e a pesquisa já realizadas pelo grupo de trabalho da Fiep, o Paraná Competitivo, para ações de investimento. ”Vai ser uma sinergia entre ações já desenvolvidas para não correr o risco de o Estado começar a fazer a mesma coisa de novo, sem a mesma agilidade. Vamos aproveitar todo o esforço de análise dos potenciais do nosso Estado que já foi feito de uma forma pragmática”, diz o secretário de Estado da Indústria, Ricardo Barros. A partir dessa análise, Barros afirma que o Paraná deve passar para uma postura mais ousada frente ao mercado, buscando investimentos e não só atendendo a demanda que chega até o Estado, como está acontecendo. Barros lembrou a importância de investimentos em obras para tornar o Paraná mais atrativo para grandes empreendimentos, como os já anunciados pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, nos aeroportos regionais (21,1 milhões para este ano).
Para os próximos anos, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, destaca o ramo do agronegócio, já tradicional no Estado, para ampliar a competitividade da economia paranaense. “Outros grandes eixos (como energia, saúde, TI e microcrédito) passam, primordialmente, pelo desenvolvimento industrial sustentável, que hoje já é uma exigência real crescente no mercado global”, avalia. Para ele, outro ponto que precisa de mudança é a atual dissociação da pesquisa acadêmica da atividade empresarial. “Só 0,5% das patentes hoje se reverte em produtos que são absorvidos pela indústria”, disse.