Os analistas de mercado e de instituições financeiras consultados toda semana pelo Banco Central prevêem aumento da taxa básica de juros (Selic) na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará a partir de hoje até amanhã. Eles estimam que a taxa atual, de 17,75% ao ano, será elevada para 18,25% (um ajuste de meio ponto percentual). Mas acreditam que a taxa terá reduções gradativas ao longo do ano, à medida que a inflação for dominada, e encerrar 2005 com 16%.
Segundo o Boletim Focus, os consultores pesquisados começam o ano mais confiantes quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e anunciam que a soma das riquezas produzidas no país ao longo de 2005 deve registrar aumento de 3,65%, e não mais 3,60% como estava previsto na semana passada, ou os 3,50% estimados no final de 2004.
Os entrevistados mantiveram as projeções de US$ 13 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros no setor produtivo, e de US$ 3 bilhões para o superávit das transações correntes com o exterior. Mantiveram também a estimativa de 4,5% para o crescimento da produção industrial. Houve pequena redução, porém, quanto ao saldo da balança comercial: de US$ 26,10 bilhões para US$ 26 bilhões.
O Boletim Focus indica melhora, contudo, em relação à taxa de câmbio, e prevê que o dólar norte-americano chegará a R$ 2,93 no fim do ano; e não mais R$ 2,95 como estava previsto. Isso ajuda os analistas a reduzir também a relação dívida/PIB. Eles acreditam que a correspondência anterior, de 51,80%, entre dívida líquida do setor público e PIB, deve chegar ao final do ano em 51,60%.