Futuro

Pesquisa aponta setores com possibilidade de crescimento

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) apresenta amanhã, em Curitiba, o mapa de cada um dos 12 setores apontados pelo órgão como os mais promissores da economia Paranaense. As áreas foram definidas após pesquisa com especialistas e profissionais, que argumentam porque estas devem ser o alvo dos grandes investimentos nos próximos anos. A apresentação acontece às 19h, no Cietep, em Curitiba.

De acordo com o Fiep, o objetivo dos projetos “Setores Portadores de Futuro para o Paraná” e “Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense” é levar as informações ao conhecimento de empreendedores, profissionais de gestão e tecnologia e da sociedade em geral, os pontos que podem fazer das áreas pesquisadas fatores fundamentais para incrementar o desenvolvimento econômico do Estado.

O primeiro projeto analisou as tendências e abordagens que devem marcar o desenvolvimento industrial do Estado até 2015, apontando os setores mais interessantes para investimentos os das áreas agroalimentar, biotecnologia agrícola e florestal, biotecnologia animal, energia, meio ambiente, metalmecânica, microtecnologia, papel e celulose, plástico, produtos de consumo, turismo e saúde.

De acordo com a analista técnica do Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do Sesi/Senai Paraná Fabiana Skrobot, as definições do projeto foram concluídas com a participação de especialistas, que contribuíram com suas visões de futuro para cada respectivas área. “Foram dois anos de trabalho, com diversas informações que apontam para quais os caminhos para um crescimento sustentável e quais as novas tecnologias, não esquecendo o fator competitividade”, afirma.

Segundo Fabiana, a pesquisa, que envolveu 150 especialistas entre pesquisadores, universitários e representantes de entidades governamentais, focou os setores que pudessem impactar na economia paranaense e que tivessem um potencial de crescimento no Estado. A pesquisa levantou dados como vocações regionais, avanço tecnológico, mão-de-obra especializada, oferta de centros tecnológicos e de pesquisa, necessidades atuais e a longo prazo e tendências do mercado nacional e internacional.

Entre os setores, Fabiana destaca o da área agroalimentar. Segundo ela, o mercado interno pode ser um novo nicho para o setor, já que o perfil do consumidor passou a exigir uma qualidade diferenciada dos produtos. Fabiana considera que este setor está na vanguarda do desenvolvimento tecnológico do Estado. “Hoje é preciso agregar valores nutricionais no alimento. Por isso é necessário uma qualificação cada vez mais internacionalizada de profissionais e de equipamentos para atender a demanda desse novo nicho.”

Fabiana também cita os setores de energia e biotecnologia entre os destaques da pesquisa. “Considerando que é cada vez maior a necessidade da geração de energia renovável, o Paraná tem um grande potencial nessa área, principalmente para pesquisas de biocombustíveis”, conta.

Além da distribuição dos exemplares dos mapas, durante a apresentação dos resultados dos projetos, as pessoas serão convidadas a participar de grupos de discussão sobre os assuntos.

Setor de energia ainda tem grande potencial para investir

Os mapas de cada um dos 12 setores para materializar o potencial percebido em cada região do Estado são resultados do projeto “Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense”. Os mapas foram definidos com a ajuda de grupos de especialistas, formados por representantes do poder público, empresas e associações empresariais, instituições de ensino e centros de pesquisa, e terceiro setor.

De acordo com o pesquisador do Lactec, Maurício Cantão – um dos profissionais que colaboraram com informações para a execução dos mapas -, o setor de energia é extremamente relevante no Paraná. Segundo ele, trata-se de um Estado com um potencial de consumo muito grande, que pode facilmente viabilizar qualquer investimento na área. “O Estado possui um potencial de recursos propício para o desenvolvimento do setor.

Como exemplo, podemos trabalhar com ,o aproveitamento da biomassa, como resíduos da cana-de-açúcar”, afirma. Já para o diretor técnico da Bematech, Wolney Betiol, destaca o setor de Tecnologia da Informação (TI) e Comunicação no Paraná como o segundo setor no País, no que diz respeito ao faturamento de empresas da área. Segundo Betiol, a área de TI teve um crescimento vertiginoso nos últimos anos e tende a ampliar os negócios no Estado.

Betiol credita o crescimento da área de TI à uma política de Estado que, segundo ele, é superior à gestões efêmeras e que vai se consolidando ao longo do tempo. “Criou-se uma cultura de incentivo à tecnologia no Estado. Isso fez com que o Paraná se qualificasse na formação de mão-de-obra especializada”, conclui. A analista técnica do Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do Sesi/Senai Paraná Fabiana Skrobot também destaca os setores de Biotecnologia e Turismo. Ela explica que a primeira tem um apelo pela questão ambiental. Para o Turismo, Fabiana acredita que há uma demanda de novos consumidores, “Fizemos uma pesquisa específica de demanda, onde constatamos que, com o envelhecimento da população, criou-se a necessidade de montar produtos turísticos para adaptar o mercado a essa demanda”, afirma.

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