Persiste impasse com bancários

São Paulo – Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) se reúnem novamente em São Paulo hoje para tentar fechar um acordo. O local da reunião ainda está sendo definido. Os negociadores da Fenaban e da Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito (Contec), que também se reuniram ontem, decidiram continuar a conversa na próxima quarta-feira.

O encontro da Fenaban e da CNB ontem não durou mais de meia hora e foi suspenso depois de uma discussão. O negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que os sindicalistas tiveram uma atitude “desrespeitosa”. Já o presidente da CNB, Vagner Freitas, acusou os bancos de intransigência. Segundo ele, os bancos voltaram a dizer que não vão aumentar a proposta já oferecida anteriormente, de reajuste salarial de 8,5% a 12,77%, conforme o salário do trabalhador. “Eles se retiraram da mesa quando a CNB reapresentou a proposta de aumento salarial de 19%, mais abono de R$ 1.500. Os percentuais foram colocados apenas para dar início a reunião. Esperávamos uma contra-proposta da Fenaban”, disse Freitas.

Os sindicalistas também querem negociar o pagamento dos dias parados durante a greve, mas os bancos já começaram a descontar as faltas no contracheque. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, alguns trabalhadores da Nossa Caixa e do Unibanco já tiveram os dias parados descontados. Até a próxima quarta-feira os bancos Itaú e Bradesco devem seguir o mesmo exemplo.

A greve dos bancários durou 30 dias e foi suspensa cerca de 10 dias atrás. A decisão na semana passada do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de reajuste de 8,5% e mais abono de R$ 1 mil, resolveu apenas a questão salarial do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Os funcionários de bancos privados continuam sem reajuste ou abono algum.

A proposta da Fenaban incluía 8,5% de reajuste salarial, mais R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500. O percentual de 8,5% corrigiria todos os benefícios e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) tinha sido estabelecida em 80% do salário mais o valor fixo de R$ 705. Também seria paga uma cesta alimentação adicional de R$ 217.

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