Paul Ryan delineia plano sobre limite de endividamento

O republicano e presidente do Comitê de Orçamento da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, delineou um plano nesta quarta-feira a outros conservadores para estender o limite de endividamento do país em quatro a seis semanas, levando em conta um quadro mais amplo de negociações sobre a redução do déficit, de acordo com parlamentares com informações sobre a proposta. Quanto maior a redução de gastos que as negociações conseguirem, maior será a próxima extensão do teto da dívida, de acordo com o plano de Ryan.

Essas conversas devem considerar as propostas para reformar o código tributário e controlar programas de benefícios, de acordo com os parlamentares informados sobre a proposta.

A duração da extensão sobre o limite da dívida depende do tamanho dos cortes. “Pequenas reformas, pequena extensão. Reforma média, extensão média”, disse Ryan ao grupo de conservadores, de acordo com um participante do encontro.

A proposta de Ryan por um aumento do limite da dívida no curto prazo atraiu um amplo apoio dos conservadores na reunião do Capitólio, de acordo com os parlamentares que participaram do encontro. Ao deixarem a sessão conduzida a portas fechadas, os republicanos manifestaram apoio a uma medida de curto prazo, mesmo que ela não aborde a lei de saúde de 2010. Os esforços dos conservadores para restringir a lei provocaram a paralisação parcial do governo federal dos EUA.

“Isso pode fazer mais sentido para evitar crises financeiras seguidas”, disse o republicano Kevin Brady, do Texas, referindo-se à paralisação do governo e o prazo do teto da dívida. “Nós podemos precisar de algum tempo extra para criar o pacote certo juntos.”

Resolver um impasse imediato sobre o teto da dívida não deve necessariamente resolver a disputa sobre os gastos que paralisou o governo. Muitos dos mesmos conservadores que apoiaram a extensão de curto prazo do limite de endividamento do país disseram que estão dispostos a manter partes do governo fechadas, a fim de continuar a enfrentar a lei da saúde.

O presidente Barack Obama disse na terça-feira que estava aberto a uma extensão de curto prazo da autoridade de empréstimos dos EUA.

Nesta quarta-feira, em uma reunião na Casa Branca, Obama disse a democratas da Câmara que eles “precisam estar preparados para dar e receber” e lembrou-lhes “que não vamos ganhar tudo”, disse o democrata Gerry Connolly que participou da sessão.

A perspectiva de amplas negociações orçamentárias está revivendo grandes preocupações entre alguns liberais de que Obama deve concordar com medidas para cortar benefícios da Previdência Social ou do Medicare, a fim de obter concessões dos republicanos. “Esse é o nosso medo”, disse o democrata da Câmara Raul Grijalva, do Arizona, antes da reunião na Casa Branca.

Obama convidou representantes dos dois partidos da Câmara e do Senado para encontros separados na Casa Branca esta semana. Mas os líderes republicanos da Câmara, em vez de enviar seus 232 parlamentares, disseram na quarta-feira que devem levar 18, dando a reunião um sentido de uma conversa mais focada. Fonte: Dow Jones Newswires.