Páscoa puxou as vendas no mês de abril

A Páscoa puxou as vendas do comércio para cima em abril, e o resultado foi crescimento de 1,52% na comparação com março e de 7,42% em relação a igual mês do ano passado. No Paraná, o volume de vendas aumentou 6,07% na comparação com abril do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o economista Reinaldo Pereira, da Coordenação de Pesquisa de Vendas do IBGE, o comércio do Paraná seguiu a tendência nacional, com as vendas concentradas sobretudo em setores que revendem produtos da Páscoa – caso de hipermercados e supermercados -, que registraram crescimento de 11,66% no Paraná e de 14,10% em nível nacional. Outro segmento que refletiu as vendas da Páscoa foi ?outros artigos de uso pessoal e doméstico?, que inclui as lojas de departamento. Nesse setor, as vendas cresceram 19,40% em nível nacional e 40,28% no Paraná.

?O que ocorreu no comércio foi o ?efeito Páscoa?. Como no ano passado a data caiu em março e não em abril, a base de comparação (abril de 2005) era fraca?, explicou o economista. Segundo ele, mesmo com o índice positivo registrado no Paraná, ainda é cedo afirmar que o comércio local está se recuperando. ?Não dá para dizer que é uma recuperação. Para afirmar isso, é preciso que os números positivos se mantenham por mais algum tempo?, explicou.

Desde janeiro, as vendas do comércio do Paraná ora crescem, ora caem. Em janeiro, houve queda de 5,91% na comparação com janeiro do ano passado; em fevereiro, depois de sete meses seguidos de queda, o comércio voltou a registrar aumento: de 3,08%. Mas em março houve novo recuo, de 1,31%. Com estes resultados, as vendas do comércio do Paraná acumulam crescimento quase nulo (0,36%) de janeiro a abril, bem abaixo da média nacional (5,64%). No acumulado dos 12 meses, as vendas acumulam queda de 1,26% no Estado, contra crescimento de 5,05% em nível nacional.

Outros setores

No Paraná, outros setores que registraram crescimento em abril foram móveis e eletrodomésticos (6,28%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,30%), livros, jornais e revistas e papelaria (0,22%) e equipamentos para escritório, informática e comunicação (7,47%). Já os dois setores com queda foram combustíveis e lubrificantes (-13,13%) e tecidos, vestuário e calçados (-5,49%).

No País, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades do varejo: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,10%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,40%); móveis e eletrodomésticos (2,79%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (16,57%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,93%); livros, jornais, revistas e papelaria (4,16%). Como no Paraná, houve quedas em combustíveis e lubrificantes (-10,99%) e em tecidos, vestuário e calçados (-3,20%).

O volume de vendas cresceu em 26 das 27 unidades da Federação, na comparação com abril do ano passado, com as maiores taxas em Roraima (39,32%), Amapá (16,05%), Amazonas (15,87%), Maranhão (14,13%) e Tocantins (13,67%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-11,97%).

Voltar ao topo