Paranaenses entre as mais influentes

Entre as 26 mulheres mais influentes do País, quatro são do Paraná. É este o resultado do 4.º Prêmio ?As mulheres mais influentes do Brasil?, promovido pela Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. A votação aberta, via internet, aconteceu entre o final de outubro e o início de novembro, e o resultado foi divulgado na semana passada, durante evento em São Paulo. O prêmio buscou mulheres que são destaque e referência nos setores em que atuam e que podem influenciar, positivamente, toda a sociedade.

Oito paranaenses estavam entre as finalistas, mas apenas quatro conquistaram o título: Margaret Groff, na categoria economia e finanças; Sonia Kunitz, na categoria educação; Ety Cristina Forte Carneiro, em terceiro setor e Magrid Teske, na categoria indústria e varejo. Foram quase 35 mil votantes em todo o País, número bem superior aos 8 mil da edição anterior.

?O prêmio foi uma grande surpresa para mim, principalmente porque eu concorria com uma executiva e uma herdeira, ambas de empresas de grande porte?, afirmou Magrid Teske, fundadora do Herbarium Laboratório Botânico, referindo-se às outras duas finalistas na categoria: Angela Hirata, da Alpargatas, e Luiza Helena Trajano, das lojas Magazine Luiza. Magrid, que iniciou o pequeno negócio há 22 anos em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, acredita que venceu a categoria por ser fundadora da empresa e pelo segmento em que atua, de fitoterápicos, ?um tanto quanto inovador para mulheres.?

Contando com 280 funcionários e 25 mil pontos de venda em todo o País, a empresa fechou 2006 com faturamento bruto de R$ 50 milhões. Para este ano, a previsão é crescer 14% e faturar R$ 57 milhões.

Diretora de relações institucionais do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro, vencedora da categoria rerceiro setor, diz que o prêmio não é pessoal. ?O prêmio é um reconhecimento ao trabalho das mulheres no Brasil e no mundo, a sua capacidade e poder de transformação?, afirmou. Segundo ela, a conquista do prêmio é capaz ainda de ?abrir portas para levar mensagens a novos parceiros.? Ety concorreu à etapa final com Lila Covas, viúva do ex-governador de São Paulo e presidente da Fundação Mario Covas, e com Regina Moraes, presidente do projeto Velho Amigo. Arquiteta com pós-graduação em marketing, Ety tornou-se porta-voz do Pequeno Príncipe em 1999. Desde então, tem trabalhado pela mobilização da sociedade para promover os direitos da criança e do adolescente.

Para Margaret Groff, diretora financeira executiva da Itaipu Binacional, a conquista do prêmio é importante tanto do ponto de vista do Paraná, como da empresa – responsável pelo fornecimento de 23% da energia elétrica consumida no País -, além de ser uma conquista pessoal. ?Do ponto de vista profissional, é o reconhecimento de todo meu trabalho, da luta, do esforço e da superação de preconceitos?, afirmou. Engenheira civil, Margaret atua em uma área até pouco tempo atrás restrita ao sexo masculino – a área financeira. ?O esforço do trabalho das mulheres paranaenses, a mobilização e o apoio de várias entidades resultaram na conquista do prêmio?, destacou.

No comando da Universidade Corporativa dos Correios -responsável por projetos educacionais voltados para os mais de 100 mil empregados -, Sônia Pereira Kunitz foi a vencedora na categoria Educação. ?A educação é efetivamente a grande alavanca para se conquistar resultados na vida pessoal e profissional. Profissionais melhor preparados são diferenciais competitivos para a organização e ser reconhecida como a mulher mais influente nesta área é motivo de orgulho?, afirmou Sônia, psicóloga especializada em Administração e Gestão de Pessoas e há 29 anos nos Correios. Depois de coordenar e promover a capacitação continuada para todos os empregados dos Correios, durante dois anos, Sônia deixou a função em que foi indicada ao prêmio, em Brasília, e voltou para Curitiba há cerca de vinte dias. ?Agora estou com novos desafios, na gestão do conhecimento e da inovação?, contou. 

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