Paraná vai investir na produção de bioenergia

Reunir as experiências existentes no Paraná no setor de bioenergia e direcionar as pesquisas e iniciativas num único foco. Essa deve ser a proposta para o setor no ano que vem, quando o governo do Estado pretende direcionar os investimentos em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias para ampliar os trabalhos existentes na área. Desde 2003, o Paraná já desenvolve um programa de bioenergia, que visa estudar e desenvolver a produção e aplicação de biocombustíveis renováveis que além de minimizar os impactos ao meio ambiente, criam alternativas de emprego e renda, no campo e nas cidades.

As experiências que estão sendo desenvolvidas no Estado foram apresentadas ontem em Curitiba, durante a 1.ª Conferência de Bioenergia do Paraná, promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O evento também marcou o encerramento do ciclo de palestras sobre biocombustíveis que percorreu, ao longo deste ano, treze municípios e atingiu mais de oito mil pessoas.

De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, Aldair Rizzi, foram investidos R$ 600 mil em pesquisas de variedades de oleaginosas, e outro R$ 1,4 milhão para a montagem de uma planta semi-industrial para produção do biodiesel. A unidade será montada no campus do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), na Cidade Industrial de Curitiba, e terá capacidade de processar 500 a 1.000 litros/dia.

Os primeiros óleos vegetais a serem testados serão soja, girassol, algodão e nabo forrageiro. Porém, a unidade também deverá ter capacidade de processar outros tipos de óleos puros – inclusive mamona – e óleos residuais. Rizzi adiantou que o local servirá de referência para o experimento de diversas espécies e variáveis processos. O secretário adiantou que outros R$ 250 mil estão sendo repassados para uma cooperativa rural do interior do Estado que irá desenvolver um projeto de miniusinas comunitárias de óleo vegetal, atendendo prioritariamente a agricultura familiar. O projeto será gerido pela secretaria com apoio do Tecpar.

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