Paraná quer antecipar vacinação contra aftosa

O ministro vai reunir todos os secretários de Agricultura dos estados mais próximos do foco de febre aftosa, no Mato Grosso do Sul. ?Na reunião, cada Estado fará um relato das providências que estão sendo tomadas e o ministro quer aproveitar para discutir o futuro das medidas de prevenção contra a febre aftosa?, informou Ribas.

Segundo o secretário em exercício, a vacina demora cerca de sete dias para provocar o efeito de imunização nos animais ?e não dá para esperar muito tempo?, justificou. Ribas manifestou muita preocupação com outros possíveis focos da doença nos município de Japorã e Mundo Novo, também no Estado do Mato Grosso do Sul.

Barreiras

O Paraná determinou ainda radicalização total nas sete barreiras sanitárias instaladas a partir da ponte de Guaíra até os municípios de Paranavaí e Umuarama, no Noroeste do Paraná. Está proibida a passagem de caminhões carregados com animais suscetíveis à contaminação pela febre aftosa, como bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, ou seja todos aqueles com casco aberto. Também não é permitida a passagem de produtos e subprodutos oriundos desses animais.

Segundo Ribas, vários caminhões carregados com animais foram barrados e tiveram que voltar aos seus locais de origem. A Secretaria da Agricultura do Paraná abre exceção apenas para o trânsito de aves e eqüídeos que não são animais suscetíveis. Todos os veículos procedentes do Mato Grosso do Sul têm os pneus pulverizados com biocida, necessário para eliminar o vírus da doença. Esse procedimento, recomendado pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) em casos de emergência sanitária, é repetido em todas as barreiras, garantiu Ribas.

Outra providência adotada pela governo do Paraná, segundo o secretário em exercício, foi o deslocamento de médicos veterinários dos núcleos regionais da Secretaria da Agricultura de Cascavel, Toledo, Maringá, Umuarama e Paranavaí para reforçar o trabalho nas barreiras sanitárias instaladas na fronteira com o Mato Grosso do Sul. Essas barreiras estão funcionando 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. São 80 técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis) e mais 20 da Claspar (Empresa de Classificação do Paraná) deslocados.

Sozinho

O governo do Paraná informou que vem bancando sozinho as despesas com a Defesa Sanitária Animal e Vegetal nos últimos três anos. Segundo o secretário em exercício, no governo anterior a Secretaria da Agricultura recebia entre R$ 4 a R$ 6 milhões por ano para o apoio da Defesa Agropecuária, ?o que não está acontecendo nos últimos três anos?, denunciou. ?Mas, nem por isso, o governo estadual deixou de investir em sanidade?, afirmou.

No início de 2004, o governador Roberto Requião autorizou a contratação, por meio de concurso público, de 87 médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas. O governador autorizou, ainda, a aquisição de 100 veículos novos para apoio do serviço de Vigilância Sanitária, assim como garantiu recursos para a compra de 150 computadores e 150 impressoras. Com esses equipamentos foi possível o lançamento, de forma pioneira, da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica.

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