Paraná defende recursos para defesa sanitária

A liberação imediata de R$ 50 milhões pelo Ministério da Agricultura para serviços de vigilância sanitária no país foi defendida pelo vice-governador e secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, ao participar da reunião da comissão permanente de Agricultura do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul). O encontro foi realizado na 26.ª Expointer em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Esses recursos são fundamentais para garantir as barreiras sanitárias contra a febre aftosa”, explicou Pessuti. “Um único foco pode trazer um prejuízo de bilhões, já que afetaria as exportações que dependem do atestado de território livre da doença concedido pela Organização Internacional de Epizootias.”

O Codesul – que reúne os governadores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul – está encaminhando correspondência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Ministério da Agricultura e aos parlamentares do bloco alertando sobre a urgência da liberação do dinheiro.

Bloco

O secretário Orlando Pessuti disse que estão previstos R$ 10 milhões para cada Estado. “O Paraná gasta muito mais que isso para realizar o trabalho de defesa sanitária, mas qualquer dinheiro que chegue é bem-vindo porque ajudaria a ampliar o trabalho”, ressaltou.

Pessuti também lebrou que o controle não pode parar principalmente, agora, que a Argentina suspeita de um novo foco em Salta, na fronteira com a Bolívia e o Paraguai.

Os Estados do Codesul ocupam 933.534 quilômetros quadrados do território nacional, concentram mais de 27 milhões de habitantes, aproximadamente 50 milhões de cabeças de gado, das quais, 10.158.226 de bovinos e bubalinos estão no Paraná, estado que tem certificado território livre de febre aftosa com vacinação, que realiza nos meses de maio de novembro.

Transgênicos

Durante o encontro dos secretários de Agricultura o tema que não encontrou consenso foi o dos transgênicos. “Respeitamos a posição do Rio Grande do Sul que é francamente favorável à liberação desses produtos, mas mantemos também claramente definida pelo governador Roberto Requião a decisão de adotar uma posição diferente”, defendeu Pessuti.

“Ficamos com o plantio tradicional que garante maior espaço para as exportações, já que os países importadores preferem os produtos que não são geneticamente alterados e, conseqüentemente, longe dos debates sobre as conseqüências ambientais e de saúde que possam trazer”, explicou.

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