O volume de vendas do comércio varejista no Paraná cresceu 4,5% em abril em relação a março deste ano. A taxa foi a mais alta no Brasil, aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação nacional ficou em 0,4% no período.
Além do Paraná, os principais acréscimos foram verificados no Mato Grosso do Sul (2,4%), Pará (2,3%) e Piauí (2,3%). As maiores quedas foram no Rio Grande do Norte (-4,8%), Amapá (-4,2%), Amazonas (-3,8%) e Roraima (-3,5%). Na Região Sul, o Rio Grande do Sul fechou em 1,1% e Santa Catarina em 1,9%.
Na análise do período de abril deste ano com o mesmo mês de 2006, o comércio varejista paranaense teve alta de 5%. O índice é o quarto do país, superado por São Paulo (10,7%), Minas Gerais (5,7%) e Rio de Janeiro (4%), seguindo a classificação dos Estados que apresentaram maior peso na média nacional. Entre os Estados com maiores elevações, figuram Alagoas (26,7%), Tocantins (19,5%) e Maranhão (15,8%).
A pesquisa aponta ainda, uma alta de 7,5% no comércio no Brasil, com queda em apenas dois dos 27 estados brasileiros durante o período, Roraima (-1%) e Goiás (-0,2%). Desde janeiro deste ano, o Paraná apresenta crescimento de 7,5% e alta de 5,2% no acumulado dos últimos 12 meses.
?O fortalecimento da agricultura na última safra promoveu uma reação em cadeia, com maior procura do consumidor nos estabelecimentos comerciais em todas as regiões do Estado?, analisa o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.
Além disso, acrescenta, programas de geração de emprego e renda do governo estadual têm impactos diretos no comércio local. ?Além do crescimento nas vendas do comércio, o Paraná também apresenta alta na produção industrial e tudo passa a ser revertido em mais consumo e poder de compra para o comércio.?
Setores
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceram 33,7% em abril de 2007 na comparação com o mesmo mês de 2006 e lideram o bom desempenho do Paraná.
Em seguida, aparecem automóveis, motocicletas e peças (31,5%), material de construção (29,9%), móveis e eletrodomésticos (10%), combustíveis e lubrificantes (7,5%), tecidos, vestuário e calçados (6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria (5,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,1%). Apenas artigos de uso pessoal e doméstico registraram baixa (-0,4%).
A receita nominal das vendas no estado cresceu 5,8% entre o mês de abril de 2007 e o mesmo período do ano anterior. Nesse comparativo, a alta no país foi de 8,2%. No acumulado ano, o Paraná teve acréscimo de 7,5%, contra 9,4% do Brasil e chegou a 6,1% nos últimos 12 meses. O país registrou no mesmo período alta de 7,7%.
Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (58%), Acre (42,5%), Amapá (36,9%), Tocantins (36%) e Alagoas (31,1%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (16,8%), Minas Gerais (11,7%), Rio de Janeiro (7,8%), Paraná (14%) e Santa Catarina (14,5%). O índice nacional ficou em 14,9%.
O indicador acumulado de 12 meses aponta crescimento de 9% no Paraná e 9,2% no Brasil. Durante o ano, o Estado ficou com 12% e o país com 12,6%. A receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado subiu 14,7% no Paraná, ante 15,1% no Brasil, em abril, na comparação com o mesmo mês de 2006. Desde janeiro, o Paraná conta com alta 11,9%, (12,2% Brasil) e na série de 12 meses, o Paraná teve crescimento de 9,8%, enquanto a média nacional ficou com 9,4%.