Bancários

Paralisação atinge 58% das agências em Curitiba e região

Nesta quinta-feira (1), 260 agências bancárias amanheceram fechadas, índice que representa 58,5% de unidades em Curitiba e região metropolitana. O sindicato estima que cerca de 13 mil trabalhadores estejam de braços cruzados no oitavo dia greve.

Até o momento, a rodada de negociações entre o Comando Nacional e a Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban), que acontece desde a manhã desta quinta-feira (1), em São Paulo, ainda não definiu o destino da greve dos bancários. Sem apresentação de nenhuma nova proposta, a reunião volta a acontecer às 15h30.

Segundo o secretário de finanças do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Antônio Firmino, um impasse impede o acordo entre trabalhadores e patrões. “Oficialmente não avançamos em nada. Caso não seja apresentada uma proposta de acordo com as nossas reivindicações, vamos mobilizar os trabalhadores e manter a greve”, afirma.

Reivindicações

A Fenaban oferece 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos.

Já a categoria pede reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação, auxílio creche e uma garantia da manutenção dos empregos.

Protesto

Enquanto aguardam o resultado de uma nova rodada de negociações com a Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban), bancários queimaram bonecos – representando diretores de bancos – na manhã desta quinta-feira (1). A manifestação reuniu os trabalhadores no cruzamento das ruas XV de Novembro e Monsenhor Celso, na região central de Curitiba.

De acordo com o sindicato da categoria, o banco Itaú teria tentado impedir os trabalhadores de participarem da greve, utilizando força policial para exigir a abertura das agências dos bairros Bigorrilho, Juvevê e da Rua Augusto Stresser, no Alto da Glória.

Ao todo, os trabalhadores atearam fogo em sete bonecos alusivos aos diretores do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Real, Bradesco, HSBC e Itaú. O sindicato afirma que o ato é também uma resposta a posturas adotadas por outros bancos, como o transporte de bancários via helicópteros para os centros administrativos do HSBC e o contingente de seguranças postados em frente às sedes da Caixa Econômica Federal.