Para ministro, esforço fiscal deve se transformar em meta

O esforço fiscal adicional de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que comporá o Fundo Soberano do Brasil, anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve ser transformado em uma meta oficial. A declaração foi dada nesta terça-feira (03) pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que participa da premiação Destaque Agência Estado Empresas, em São Paulo. "Não cogitamos deixar nada extra-oficial: o que foi anunciado, evidentemente, tem de ser transformado em uma meta oficial", enfatizou.

Segundo ele, o governo ainda está discutindo como fará essa formalização, uma vez que a meta de superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida) deste ano, de 3,8% do PIB, já consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, neste momento, se discute a LDO do próximo exercício. "Vamos discutir, dentro do governo, se vai ser pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), como é que (a meta de 4,3%) vai ser oficializada", disse. "Mas, de fato, não há nenhuma previsão de tomar medidas extra-oficiais, de falar que vai fazer, mas não vai oficializar", afirmou, destacando que o governo "nunca trabalhou com esse negócio de meta extra-oficial".

Para Bernardo, o esforço fiscal do governo "ajuda" o Banco Central (BC) no controle da inflação e "complementa" as medidas da autoridade monetária de aumento da taxa básica de juros. Ele reiterou que a disposição do governo em poupar mais é "um esforço grande" e corresponde a uma diferença de R$ 13 bilhões "entre uma meta e outra".

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