Para Mantega, Banco Central precisa combater abuso em tarifas

"Em relação aos spreads, estamos caminhando para um padrão mais civilizado, embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer. Estamos no caminho certo. O maior problema, no entanto, são as tarifas. Se melhoramos nos spreads, nas tarifas pioramos", disse nesta quarta-feira (20) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ponderou que a fiscalização sobre as tarifas é responsabilidade do Banco Central. "Se houver abuso, tem que ser combatido", afirmou em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Ontem, contudo, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou, a respeito das tarifas bancárias, que não cabe ao BC fazer tabelamento ou controle de preços e que a legislação brasileira estabelece a livre concorrência. "O BC não tem função de tolerar ou não preços", disse Meirelles em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Para Mantega, o caminho para conter a escalada nas tarifas é dar maior transparência, permitindo ao consumidor ter mais informações para escolher com que banco vai operar e, assim, estimular a concorrência no sistema financeiro. Isso é o que permitirá a redução dos custos para o correntista. "Queremos avançar e defender o consumidor, que é o elo mais fraco da cadeia".

Spread

Mantega afirmou que tem se notado um aumento nas tarifas do sistema financeiro e que os bancos estão compensando a redução dos spreads com o aumento nas tarifas cobradas dos consumidores. O spread bancário é a diferença entre o custo de captação de recursos pelo banco e a taxa de juro cobrada por ele em um empréstimo.

Voltar ao topo