Para BNDES, País precisa de crédito de longo prazo

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, está engajado em negociações com os principais bancos para estimulá-los a conceder crédito de longo prazo. Ele afirma que “essa agenda é que responderá pelo tamanho do BNDES”. Especialistas preocupados com a política fiscal criticaram os vultosos aportes recebidos pelo banco.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Coutinho comentou que é difícil dizer se os R$ 180 bilhões que o BNDES recebeu do Tesouro vão continuar. “A infraestrutura demanda investimentos com prazos de 20 anos. Não vejo o mercado preenchendo essa lacuna no curto prazo. É preciso financiar setores de capital intensivo, cujo período de maturação dos investimentos é longo. Temos ainda o crédito a pequena e média empresa e a inovação tecnológica, que é uma atividade de risco mais alto. Resumindo: essas missões reservam um papel relevante para o BNDES nos próximos anos. Ao dizer isso, não significa que precisa crescer, porque cresceu muito, mas talvez manter um tamanho importante. E deixar o espaço para o setor privado preencher a expansão dos financiamentos. Estamos engajados no diálogo com o setor financeiro. Nas próximas semanas, manterei reuniões para concretizar esse estímulo ao desenvolvimento do mercado de capitais e do crédito de longo prazo.”