Para BCE, nível da taxa de juros continua adequado

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse hoje que a instituição considera que as taxas de juro ainda estão em níveis adequados. A autoridade monetária prevê moderação dos preços no médio prazo para as tomadas de decisão de política monetária. As declarações foram dadas após o BCE anunciar, na manhã de hoje, a manutenção da taxa básica de juros em 1% ao ano.

Trichet disse ainda que os indicadores econômicos divulgados recentemente na zona do euro – que reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda – foram mais fortes que o esperado, em parte, em consequência de fatores temporários. Mas previu que a recuperação deverá ocorrer em ritmo moderado, uma vez que as incertezas prevalecem.

O presidente do BCE afirmou que os indicadores recentes e outras evidências confirmam as expectativas de moderação no crescimento no segundo semestre do ano, tanto no mundo quanto na zona do euro. De qualquer forma, segundo Trichet, eles continuam a indicar que a recuperação seguirá na zona do euro. Essa recuperação deve ser limitada pelo processo de ajuste nos balanços em vários setores e pelas perspectivas do mercado de trabalho.

PIB

De acordo com Trichet, suas considerações sobre as condições da recuperação na zona do euro estão presentes nas projeções da equipe macroeconômica do BCE para a região. A equipe prevê que a economia da zona do euro deve registrar um crescimento real anual entre 1,4% e 1,8% em 2010 e entre 0,5% e 2,3% em 2011.

Em comparação com as projeções feitas em junho deste ano, a margem de crescimento do PIB real foi revisada em alta, em consequência da recuperação da economia na região no segundo trimestre e nos meses do verão (no Hemisfério Norte). Para 2011, disse Trichet, a margem também foi revisada em alta, refletindo carregamento da revisão em alta do crescimento até o fim de 2010.

Inflação

A equipe macroeconômica do banco prevê que o índice de preços ao consumidor harmonizado para a zona do euro suba entre 1,5% a 1,7% em 2010 e entre 1,2% a 2,2% em 2011. As margens foram revisadas levemente em alta em relação às projeções feitas em junho de 2010, em grande parte por conta da perspectiva de alta nos preços das commodities (matérias-primas). As informações são da Dow Jones.

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