Para Augustin, governo avançou na questão da dívida

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse neta quinta-feira que o governo avançou “muito” em 2012 na administração da Dívida Pública Federal (DPF). Ele lembrou que houve vencimentos fortes de LFT no ano passado, movimento que se repetirá em 2013. Por isso, o Tesouro continuará aproveitando as “janelas de oportunidade” para continuar reduzindo as taxas de maior volatilidade.

Ele lembrou que, no ano passado, a redução das LFTs na participação da DPF foi maior que o planejado pelo Tesouro. “Nosso objetivo para 2013 é a continuidade desse esforço de 2012. Vamos buscar ter um ano produtivo no que se refere a esta substituição. O mercado aceitou bem e conseguimos fazer trocas importantes em 2012”, disse.

O Tesouro tem reduzido a fatia de títulos remunerados pela Selic por papeis com correção pela inflação ou prefixados. Segundo ele, estas trocas permitem que o Brasil tenha uma estrutura de dívida com fundamentos mais sólidos. “O gerenciamento da dívida vem permitindo prazo maiores e redução dos títulos mais voláteis”, afirmou.

Dívida externa

Segundo Augustin, a dívida externa continuará tendo uma política qualitativa. “Temos dito insistentemente esta expressão”, disse. Augustin disse que a rigor, a dívida externa poderia ser toda quitada, mas o governo considera importante que ela seja mantida como referencial para o setor privado. “Por isso, ela é importante e, por isso, a curva deve ser a melhor possível porque é importante para baixar custos. É uma política bem sucedida e vai continuar”, afirmou o secretário.

O secretário destacou que o colchão de liquidez para pagamento da dívida pública é bastante positivo. “Um colchão que equivale a algo como cinco meses de vencimento da DPF”, disse.