Pane causa fila rumo ao Porto de Paranaguá

Uma fila de caminhões na BR-277, sentido Porto de Paranaguá, voltou a se formar na noite do último domingo. Ontem à tarde, o congestionamento de veículos no acostamento da rodovia já chegava a 30 quilômetros do porto.

O excesso de caminhões na descida da serra fez com que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) segurasse outros que trafegavam na saída de Curitiba, na tentativa de não agravar a situação e de evitar veículos parados na serra. Mas esta atitude acabou provocando outra fila de seis quilômetros no Contorno Leste. De acordo com a assessoria de imprensa do Porto, a queda do link de dados da empresa Brasil Telecom, por volta das 20 horas de domingo, foi o motivo da paralisação na liberação das cargas.

Como explica a assessoria, a queda do link interrompeu a comunicação de dados do pátio de triagem do porto com a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), o que provocou a paralisação do cadastro de caminhões durante toda a noite e a manhã de ontem. Normalmente, este sistema registra cerca de 100 caminhões por hora. Desta forma a fila chegou a ter cerca de 800 veículos. Ainda segundo a assessoria, os técnicos da empresa tentaram restabelecer o sistema durante toda a noite, mas não obtiveram êxito e pela manhã começaram a fazer os registros manualmente. Somente por volta das 8 horas de ontem é que o sistema voltou a operar normalmente. Durante a tarde de ontem, a assessoria informou que a fila já estava sendo absorvida. A PRF, por sua vez, informou que por volta das 16 horas a fila de seis quilômetros no Contorno Leste havia sido liberada e que o trânsito era lento nas proximidades do porto.

Esta não foi a primeira vez que os caminhoneiros tiveram que ter muita paciência para descarregar no Porto de Paranaguá. No início do mês, eles enfrentaram mais filas na estrada, que chegaram a 20 quilômetros. O motivo, porém, foi a operação padrão dos trabalhadores avulsos do porto. O movimento paralisou as embarcações de grãos. A situação foi resolvida logo, pois outros funcionários do porto começaram a atender no lugar dos avulsos. Mas a operação padrão só terminou na última sexta-feira, quando os funcionários voltaram ao trabalho após a Justiça decidir pelo retorno da carga horária antiga, que era de seis horas de trabalho por 11 de folga. Eles realizaram o movimento porque o Ogmo (órgão gestor de mão-de-obra do porto) havia solicitado que eles fizessem 6 por 18, o que os desagradou. 

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