Países da Opep decidem manter cota de produção de petróleo

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu manter a cota oficial de produção para seus países membros em 28 milhões de barris por dia. Depois de dois dias de negociações informais entre os membros do cartel, a decisão final tomada ontem foi de manter a atual produção. O ministro do Petróleo do Qatar, Abdullah bin Hamad al Attiyah, disse que o grupo poderá decidir por um corte na próxima reunião, em março. ?Somos muito pragmáticos?, disse.

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi – uma das vozes mais influentes na organização, já que seu país é o maior exportador mundial da commodity -, disse que não será necessário cortar a produção em março.

O presidente da Opep, o nigeriano Edmund Daukoru, disse concordar com o colega saudita e acrescentou que mesmo que o grupo resolva cortar a produção diária, isso não afetaria a oferta do produto no segundo semestre – quando o inverno no hemisfério Norte (região que mais consome o produto) chega e eleva o consumo de combustíveis.

Segundo Naimi, a decisão do cartel foi unânime e não foi afetada por preocupações sobre as pressões sobre o Irã por parte da comunidade internacional devido ao programa de enriquecimento de urânio do país.

O Irã, segundo maior exportador da Opep, diz que o programa nuclear tem fins pacíficos e almeja apenas gerar energia, mas EUA e União Européia dizem que o objetivo do país é construir armas atômicas. A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) vai discutir o caso do Irã hoje.

O temor é de que a situação acabe acarretando alguma espécie de interrupção de fornecimento de petróleo por parte do Irã, o que afetaria as cotações. Desde o início da tensão sobre a questão nuclear do Irã, no começo deste mês, o preço do petróleo tem se mantido entre US$ 65 e US$ 69.

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