O Banco Central (BC) informou hoje que o fluxo cambial (saldo entre entrada e saída de dólares) acumula saída líquida de US$ 1,227 bilhão em junho até o dia 26. Esse resultado é ligeiramente inferior ao observado em igual período de junho de 2008, quando havia sido registrada a saída de US$ 1,581 bilhão. O resultado preliminar deste mês reverte o ingresso líquido registrado nos meses de abril e maio de 2009. A saída de recursos observada até o dia 26 foi liderada pelo segmento financeiro, que registrou déficit de US$ 1,140 bilhão no período, resultado de saídas totais de US$ 29,819 bilhões e ingressos de US$ 28,679 bilhões.
Na conta comercial, o período teve saída líquida de US$ 88 milhões, geradas por importações totais de US$ 10,728 bilhões e exportações de US$ 10,641 bilhões. No acumulado do ano até 26 de junho, o fluxo cambial registra ingresso líquido de US$ 363 milhões, gerados pelo superávit de US$ 12,888 bilhões no segmento comercial e saída de US$ 12,525 bilhões da conta financeira. Em igual período do ano passado, o fluxo cambial acumulava ingresso líquido de US$ 14,231 bilhões.
Compras de dólares
As compras de dólares realizadas diariamente pela autoridade monetária aumentaram as reservas internacionais em US$ 1,689 bilhão em junho, conforme levantamento preliminar com dados até o dia 26. Os dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram também que diminuiu drasticamente o ritmo de compra de dólares no mercado à vista nos últimos dias.
Segundo o levantamento da instituição, na quarta semana do mês – entre os dias 22 e 26 – o aumento diário das reservas gerado pela compra da moeda norte-americana ficou, na média, em apenas US$ 18,4 milhões, desempenho 62% menor que o registrado na semana anterior – quando a média era de US$ 48,4 milhões. Em 26 de junho, por exemplo, dado que reflete a intervenção do dia 24, foram apenas US$ 2 milhões.
Em maio, mês em que as compras diárias do BC começaram, a média diária do impacto das intervenções nas reservas era de US$ 171 milhões. As compras do BC geram impacto nas reservas em dois dias. Assim, a intervenção do BC no mercado em uma segunda-feira, por exemplo, só vai ser observada nas reservas na quarta.