País pode adotar salvaguarda contra China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto em que o Brasil reconhece a China como membro da OMC (Organização Mundial de Comércio). Publicado ontem no Diário Oficial da União, a medida representa o primeiro passo para que o Brasil adote salvaguardas (barreiras comerciais adicionais) contra o país asiático porque, antes de reconhecê-lo como membro da OMC, era impossível utilizar esse instrumento.

A decisão de efetivamente adotar as salvaguardas, no entanto, ainda não foi tomada. O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, viajará à China para se reunir com representantes do governo local nos próximos dias 29 e 30.

Furlan terá como objetivo convencer os chineses a adotarem autolimitações para as exportações ao Brasil, evitando, dessa forma, que o Planalto seja obrigado a impor as barreiras.

Lula tem adotado um tom bastante prudente com a China. A diplomacia brasileira tem fomentado a idéia de tornar outros países em desenvolvimento – como Índia, China e África do Sul – aliados em disputas comerciais com os países ricos. Uma decisão que desagradasse Pequim poderia colocar em xeque a viabilidade desse bloco.

Por outro lado, empresários brasileiros de diversos setores – como têxteis, calçados e eletrônicos – têm pressionado o governo brasileiro a adotar uma política mais restritiva com a China devido ao forte crescimento das importações de bens manufaturados.

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