País criou 135 mil empregos formais em agosto

A criação de empregos formais em agosto teve uma leve melhora na comparação com o mês anterior. No mês passado, foram criados 135.460 novos postos de trabalho com carteira assinada, contra 117.473 vagas criadas em julho. No entanto, o resultado é menor do que o registrado em agosto de 2004, quando foram criados 229.757 vagas formais. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), elaborado pelo Ministério do Trabalho.

?Em 2005 continua em crescimento com um ritmo menor que o do ano passado, mas maior que o dos anos anteriores?, disse o ministro Luiz Marinho (Trabalho).

Para o ministro, com o início da redução de juros o ritmo de crescimento da economia deverá se acelerar, o que será refletido na criação de empregos formais. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia de 19,75% ao ano para 19,5% ao ano.

Marinho espera um crescimento da economia de 4% neste ano e a criação de ao menos 1,2 milhão de empregos formais.

No acumulado do ano até agosto, foram criados 1.276.066 postos de trabalho com carteira assinada, mas o ministro lembrou que em dezembro o saldo entre empregados e desempregados deverá ficar negativo em mais de 300 mil.

Agosto

A criação de emprego só foi negativa em agosto no setor agropecuário (-1,37%). Isso porque a safra do café está no fim, o que teve impacto no mercado de trabalho de Minas Gerais e Espírito Santo.

O maior crescimento ocorreu no setor de construção civil, com 1,69% (saldo de 18.285 novos postos). A criação de empregos no setor de serviços foi de 70.181 em agosto, um aumento de 0,7%.

Por região, a Sudeste foi a que mais criou vagas, com 73.196 empregos com carteira assinada.

Tabela do IR

A tabela do Imposto de Renda será corrigida não só neste ano mas também no ano que vem, segundo o ministro Luiz Marinho (Trabalho). ?É o que eu estou sinalizando. Vai depender da negociação?, disse o ministro ontem. Se confirmada essa previsão, o trabalhador pagaria menos IR nas declarações de 2006 e 2007.

No final do ano passado, o governo anunciou a correção em 10% a partir de janeiro deste ano. Esse reajuste corrigiu só parte da inflação acumulada nos dois primeiros anos do governo Lula. O trabalhador teve que arcar com uma perda inflacionária de 7%, além da inflação deste ano – entre janeiro e agosto, o INPC (índice que serve de base para reajustes salariais) acumula uma alta de 3,3%. ?Isso (7%) pode ter parte nesse ano e parte no ano que vem?, disse o ministro.

A negociação do reajuste da tabela depende ainda da negociação com outros setores do governo, como a Receita Federal.

Embora o ministro dê o reajuste da tabela como certo, o trabalhador só saberá de quanto será a correção daqui a alguns meses. A previsão de Marinho é que a negociação seja concluída até a primeira quinzena de dezembro. ?Quando a gente fechar o Orçamento, essa decisão já estará tomada?, disse.

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