Pagamento móvel deve ter 80 milhões de usuários até 2018

O total de usuários cadastrados para acessar os serviços de pagamentos móveis no Brasil deve chegar a 80 milhões até 2018, segundo pesquisa da consultoria Frost & Sullivan, divulgada nesta terça-feira, 08. “Um terço destes usuários deverá usar ativamente o serviço em 2018”, diz a analista da instituição Carina Gonçalves. No ano passado, o total de usuários foi de aproximadamente 500 mil.

Segundo ela, o crescimento será pela maior integração da infraestrutura de processamento e as aplicações de pagamentos móveis, além da maior educação dos usuários finais. O cenário projetado para os próximos cinco anos contempla ofertas mais maduras e diversificadas, com o incremento de agentes intermediários neste mercado, como bancos, adquirentes e bandeiras de cartão de crédito.

Atualmente, a Vivo trabalha com a Mastercard, a Oi com o Banco do Brasil e Cielo, além da Claro em parceria com o Bradesco, operando basicamente com a tecnologia de mensagem de texto (SMS) para a realização das transações. “Essa tecnologia (SMS) ainda vai dominar até que o usuário vá adquirindo o hábito de pagar pelo celular”, afirma.

Segundo a analista, a expectativa, porém, é de que os pagamentos por meio da tecnologia de aproximação NFC (Near Field Communication) dominem este mercado, ajudando a consolidar o segmento. Atualmente, o mercado conta com poucas máquinas (POS), que operam no NFC, o que dificulta a expansão do serviço. De acordo com a pesquisa, existem muitas iniciativas, mas sem uma integração das operações.

A maior aposta dos operadores é na inclusão bancária da fatia da população que não têm conta em banco para alavancar os serviços móveis. Segundo o estudo, apenas 0,3% da população utiliza os pagamentos móveis. Como comparação à penetração dos smartphones é de 15%; dos cartões de crédito, de 29%; das contas bancárias, de 56%; e de aparelhos celulares, de 134%.

A expectativa do governo é de que, até o fim deste ano ou início do próximo, o funcionamento dos serviços seja por meio da nova regulamentação do setor. O regulamento prevê que os sistemas sejam utilizáveis por diversos agentes, tais como bancos e operadoras de telefonia.