Orientação mantém pequenas empresas

O Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa no Paraná – Sebrae/PR apresentou ontem os resultados de uma pesquisa que provam que, se bem estruturada, a abertura de uma micro ou pequena empresa é, sim, um bom investimento.

Enquanto a média nacional de fechamento de empresas nos dois primeiros anos de vida (o período de maior mortalidade de empresas) é de 50%, a pesquisa mostrou que entre as empresas abertas com a assessoria do Sebrae/PR no período de 2002 a 2004, 79% sobreviveram aos dois primeiros anos.

No período referente à pesquisa, o Sebrae atendeu mais de 14.500 pessoas interessadas em ser um empreendedor, o que resultou na abertura de 3.185 empresas, das quais cerca de 2.500 permanecem em funcionamento. ?Nós não incentivamos ninguém a abrir uma empresa, damos as informações e orientações necessárias só para quem estiver preparado e certo do que está fazendo ao iniciar um negócio?, explicou a gerente do escritório regional do Sebrae em Curitiba, Rosângela Angonese.

O segredo para o sucesso, segundo Rosângela, é a capacitação. ?Ser empresário é uma profissão. Assim como as demais profissões, precisa-se de preparação.? No Sebrae, os potenciais empreendedores recebem consultoria, têm noções de planejamento financeiro e aprendem a analisar o mercado e a viabilidade de seu negócio.

?O caminho mais rápido para abrir uma empresa é ir direto à Junta Comercial. Via Sebrae, esse é apenas o sexto passo, por isso que as empresas que passam por aqui são mais propensas ao sucesso?, comenta o diretor superintendente da entidade, Hélio Cadore.

Para Cadore, todo momento é momento de abrir ou fechar empresa. Tem de se estar atento e preparado para detectar e aproveitar a oportunidade. ?Ser empresário é sim um risco, mas um risco calculado. A mensagem é: preparem-se?, conclui.

Dados interessantes

A pesquisa também apontou a característica das empresas abertas no período de 2002 a 2004, bem como de seus proprietários.

67% das pessoas que abriram suas empresas as mantêm em funcionamento, nunca foram empresários e 65% são do sexo feminino.

As áreas em que mais empresas foram abertas são alimentação, estética e vestuário. 48% das empresas já apresentaram aumento de faturamento nos primeiros dois anos e 78% têm perspectiva de crescimento para 2006.

As novas micros e pequenas empresas que seguem em funcionamento geraram em média 4,2 empregos cada. Descontando as demissões causadas pelas empresas que não sobreviveram, mais de sete mil empregos foram gerados. (Roger Pereira)

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