OCDE teme choque do petróleo

Com a passagem do furacão Katrina, a economia mundial vive hoje o risco de um novo choque do petróleo, com um impacto mais profundo na Europa do que nos EUA, disse ontem o economista-chefe da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), Jean-François Cotis. Segundo ele, a alta dos preços do petróleo afeta o mundo todo e ?nada indica que esta tendência esteja chegando ao fim?. O petróleo chegou a US$ 70,90 em agosto, novo recorde para o barril da commodity.

?O nível atual dos preços não está muito longe do registrado durante a crise do final dos anos 70?, disse. O impacto do choque dependerá da resistência das economias, o que indica que os países desenvolvidos são os que conseguirão amortecer o impacto.

?O choque é sem dúvida mais forte nos EUA, mas sua economia é mais resistente e as conseqüências podem ser menores. O golpe é mais suave na Europa, mas o problema é que o continente está saindo de várias tentativas de retomada econômica fracassadas?, afirmou.

A OCDE, no entanto, revisou para cima a perspectiva de crescimento para a Europa em 2005, para 1,3%, contra a previsão anterior de 1,2%.

Para Cotis, o efeito do Katrina na economia americana será o de alimentar a inflação no curto prazo e frear o consumo doméstico.

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