OCDE: economia cresce mais rápido que esperado

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou em relatório divulgado hoje que a atividade econômica nos países que são membros do grupo está crescendo mais rapidamente do que o esperado. No entanto, a OCDE alertou que os mercados de dívida soberana voláteis e o superaquecimento das economias dos mercados emergentes apresentam riscos crescentes para a recuperação global.

A OCDE revisou em alta suas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países-membros neste ano e em 2011, para 2,7% e 2,8%, respectivamente. Em novembro de 2009, a OCDE havia projetado expansão de 1,9% em 2010 e de 2,5% em 2011. Para os Estados Unidos, a OCDE prevê crescimento de 3,2% neste ano, mesmo porcentual previsto para 2011. Para a zona do euro, a estimativa é de expansão de 1,2% e 1,8%, respectivamente, enquanto para o Japão a OCDE projeta aumento no PIB de 3,0% e 2,0%.

No relatório, a OCDE comenta que a instabilidade nos mercados de dívida soberana é um risco e tem destacado a necessidade de que a zona do euro (grupo dos 16 países que adotam a moeda única) fortaleça sua arquitetura institucional e operacional. Segundo a organização, medidas mais amplas precisam ser tomadas para garantir disciplina fiscal na região. “Muitos países da OCDE precisam conciliar o suporte a uma recuperação ainda frágil com a necessidade de se mover na direção de um caminho fiscal mais sustentável”, afirmou Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.

Outro risco destacado pela OCDE é de superaquecimento e inflação nos mercados em desenvolvimento, embora o forte crescimento da China e de outros emergentes esteja ajudando a tirar alguns países da recessão. Segundo a OCDE, não se pode descartar um cenário em que o crescimento seja seguido por uma contração, o que exigiria mais aperto monetário e, com isso, prejudicaria a recuperação de outros países.

A OCDE alertou ainda que as medidas de estímulo fiscal oferecidas pelos governos para lidar com a crise global precisam ser desativados até 2011 no máximo, já que uma grande dívida está pesando sobre muitos países membros do grupo e a recuperação econômica está se fortalecendo.

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