Ministro alemão defende recapitalização dos bancos

Um plano para recapitalizar os bancos da zona do euro e salvaguardar suas necessidades de financiamento precisa fazer parte de um amplo pacote para lidar com a crise da dívida soberana e bancária, afirmou o vice-primeiro-ministro das Finanças da Alemanha, Joerg Asmussen, em uma audiência parlamentar da União Europeia.

Além de atender as necessidades dos bancos, um pacote mais amplo de novas medidas para a zona do euro e a União Económica e Monetária como um todo deve incluir também uma solução “crível” para a Grécia, governança mais forte e melhorias para o fundo de resgate da zona do euro.

A Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) precisa de “dispositivos de segurança” para limitar o contágio e permissão para comprar bônus nos mercados primário e secundário. Mas a linha não deveria ter acesso à liquidez do Banco Central Europeu (BCE), o que seria, na opinião de Asmussen, uma violação do tratado da União Europeia.

A recapitalização de bancos “deverá ser um elemento de um pacote mais amplo que nós precisamos desenvolver para a zona do euro, e especialmente para lidar com a situação da Grécia”, afirmou Asmussen, que é candidato a um assento no conselho do BCE. “Nenhum instrumento isolado nos ajudará”, acrescentou.

Asmussen afirmou que a promessa feita pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no fim de semana para lidar com a crise dos bancos e dos bônus soberanos da zona do euro foi um bom começo, e precisa incluir agora os países vizinhos. Merkel e Sarkozy não revelaram qualquer detalhe concreto sobre seu plano, afirmando somente que um “pacote abrangente de medidas será anunciado até o fim de outubro”.

A Alemanha indicou no mês passado Asmussen para substituir Juergen Stark no conselho do BCE. Stark pediu demissão em setembro e deixará a autoridade monetária até o fim do ano. As informações são da Dow Jones.