A meta do superávit primário (economia feita para o pagamento de juros) será mantida em 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, disse o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. ?Eu não estou vendo nenhuma mudança por enquanto?, disse. No ano passado, a meta também era essa, mas foi elevada para 4,5% em setembro de 2004.
De acordo com ele, o superávit é necessário para que ocorra a redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Hoje essa relação é de 50,9%.
Ele destacou que pelo terceiro ano consecutivo a relação dívida/PIB deve cair. Era de 57,2% em 2003 e foi de 51,7% em 2004.
Outros fatores também colaboram para essa queda, como a arrecadação e a tentativa de melhorar o resultado da Previdência Social. ?Quão alto ele (superávit) deve ser depende desses outros fatores também.?
De acordo com o secretário, o encaminhamento desses fatores podem levar a uma redução da pressão sobre o superávit primário, com uma redução da meta no futuro.
Para o ano que vem, a meta deve também ser mantida em 4,25%, de acordo com o que consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Ontem, o secretário voltou a dizer que o Tesouro Nacional não atua no mercado de câmbio em momentos de volatilidade.