Mercado teve dia apático e dólar fecha estável

São Paulo  – O mercado de câmbio teve uma terça-feira apática e o dólar à vista fechou estável, cotado a R$ 2,874 na compra e R$ 2,876 na venda. O cenário interno mais tranqüilo e a expectativa de ingresso de recursos externos no País mantiveram o mercado de bom humor. No final da tarde, o risco-país brasileiro caía 3,96%, aos 533 pontos-base. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, subia 0,64%, cotado a 97,18% do seu valor de face.

A cotação de ontem foi a menor desde 8 de março, atingida graças ao fluxo cambial positivo e às notícias de novas captações externas. O valor mais baixo atrai importadores e outras empresas com dívidas fora do País, o que evita uma desvalorização mais forte. Com a chegada dos recursos captados recentemente, há a expectativa de que o Banco Central volte a comprar dólares para recompor reservas. Há, ainda, previsão de que o governo retome o programa de emissões de títulos no mercado internacional.

– O dia foi bom, principalmente porque os títulos da dívida subiram e levaram o risco-país a cair bastante. E risco menor indica maior facilidade para as empresas captarem recursos. Mas há uma ansiedade por boas notícias no cenário econômico – disse um profissional de um banco estrangeiro.

Uma das principais expectativas do mercado para os próximos dias é com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana. De acordo com as apostas, o comitê deverá reduzir a taxa Selic em pelo menos 0,25 ponto percentual, a partir dos 16,25% ao ano vigentes hoje. Para isso contribuem os recentes números de inflação, como o IPC-Fipe, que caiu para 0,12% em março, abaixo das previsões.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam estáveis na maioria dos vencimentos. O Depósito Interfinanceiro (DI) de maio, que projeta os juros de abril, terminou o dia em 15,79% ao ano, contra os 16,25% da taxa Selic vigente. A taxa do DI de julho ficou em 15,52% anuais, estável no dia. Já o vencimento de janeiro teve a taxa elevada de 15,08% para 15,11% anuais.

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