Marialva comemora boa colheita de uva

Após a abertura da colheita da uva fina em Marialva, no último dia 11, os produtores do município têm boas expectativas na comercialização do produto com a aproximação da 17.ª Festa da Uva Fina, marcada para os dias 2 a 6 de dezembro.

A produção este ano será menor que o esperado, mas o agricultor está animado com a qualidade da uva que está sendo colhida e os bons preços praticados. A festa atrai milhares de visitantes da região norte do Estado com uma agenda que inclui shows, exposição, concursos, gastronomia e barracas típicas na Praça da Igreja Matriz.

“A uva fina de mesa das cultivares Itália, Rubi, Benitaka, Niágara e Brasil, cultivadas em duas safras anuais, coloca o município de Marialva no cenário nacional”, destaca a engenheira agrônoma Sílvia Capelari, do Emater local, que realiza a festa junto com a prefeitura e diversas entidades.

O cultivo da uva fina em Marialva começou na década de 60 com apenas um hectare cultivado pelas famílias Yamanaka e Wakitamília. Hoje o município tem 1,5 mil hectares em produção, envolvendo 780 agricultores familiares e uma força de trabalho que chega a atingir a metade dos 32,5 mil habitantes.

O produto é cultivado com alto padrão tecnológico, segundo o engenheiro agrônomo José Odair Mazia, coordenador regional do Projeto Fruticultura do Emater de Maringá. “Aqui, cada viticultor tem seu assessor técnico, graças à existência da Associação Norte Paranaense de Estudos em Fruticultura, a Anpef, entidade com 16 técnicos associados e voltada para a busca de novas tecnologias”, destaca.

Autonomia

Um dos beneficiados é o agricultor familiar Sidney Aparecido Bispo dos Santos, que vive em uma chácara própria comprada pela economia de quem era empregado e virou proprietário rural. Em um hectare do parreiral, ele espera colher nesta safra de verão em torno de 10 toneladas de uva. “Produção bem menor do que a safra passada, quando tirei 22 toneladas, mas com uva de melhor qualidade e especial para atender os tradicionais compradores e também os consumidor finais”, avalia. O preço médio do produto nesta safra tem sido considerado bom pelo produtor, variando entre R$ 3,50 e R$ 4 o quilo.

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