Mantega diz que há exagero e alarmismo sobre inflação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (2) que está havendo ?um certo exagero e alarmismo?, no que diz respeito à inflação no Brasil. ?Às vezes vejo o noticiário exagerando?.

Segundo ele o governo está tomando as medidas cabíveis e continuará a tomá-las enquanto for necessário. Ele também disse que o país está em uma situação favorável, por ser produtor de petróleo e alimentos, justamente os itens que têm gerado a alta de preços no mundo.

O ministro argumentou que o Brasil é o país com a menor inflação no Bric, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Nos 12 meses fechados em maio, a inflação brasileira ficou em 5,6%, enquanto na Índia chegou a 7,8%, na China. 7,7% e na Rússia, a 15,1%.

?Outros países tiveram triplicada a inflação. No Brasil, a inflação subiu 1,5 [ponto percentual], o que não é extraordinário?. Mantega lembrou que em outros momentos, a política econômica acabou abortando o crescimento do país, mas hoje as medidas estão sendo tomadas na dose certa ?sem matar o paciente?.

Segundo ele, uma das razões para a alta de preços no mundo é a especulação de investidores, que deixam as aplicações em dólares, em ações, em renda fixa e em títulos para atuar no mercado futuro de petróleo e produtos agrícolas.

Outro fator é o aumento da demanda dos países emergentes por petróleo e alimentos. Ele também citou o protecionismo dos países desenvolvidos, a produção de etanol a partir do milho nos Estados Unidos e fatores climáticos.

Mantega afirmou que a taxa básica de juros do país, usada para controlar a inflação, ainda é alta, mas é necessário olhar para as metas.

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