Malan e Sayad podem ser candidatos ao BID

A escolha do Brasil como sede da próxima reunião do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) pode ser indicação de que chegou a vez do país de dirigir a instituição. A interpretação está contida na edição de ontem do jornal argentino Clarín.

?O Brasil já meteu uma cunha no BID quando pressionou para a criação de uma vice-presidência latino-americana logo abaixo da vice-presidência ocupada pelos EUA. Daí que João Sayad, que ocupa o cargo (de vice-presidente desde o ano passado), surja junto com nome do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan como forte candidato?, diz o diário. Malan já foi diretor do BID entre 1990 e 1992.

A Colômbia também deseja a posição de Enrique Iglesias, atual presidente do BID, lembra o jornal argentino. Por algum tempo, até o ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, foi visto como um possível sucessor do uruguaio Iglesias. As chances da Argentina, no entanto, ficaram comprometidas devido à polêmica troca de títulos feita pelo país entre janeiro e fevereiro deste ano.

O presidente da CAF (Corporação Andina de Fomento), o boliviano Enrique García, já estaria em campanha pela presidência da entidade, especula o mesmo diário argentino.

O banco ainda tem outros tópicos em sua agenda, no entanto, que devem gerar mais atritos, como o plano de Iglesias de coroar sua gestão com o ingresso da China no banco – idéia vista com bons olhos por Brasil e Argentina, mas contrária aos interesses de EUA e Japão, segundo o jornal argentino.

O BID foi fundado em 1959 em uma parceria de 19 países latino-americanos com os EUA. Os membros originais eram Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e EUA. Hoje o banco reúne 47 países.

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