Magna não fechará compra da Opel até dia 15, diz jornal

A fabricante de autopeças austro-canadense Magna dificilmente conseguirá alcançar a meta de fechar a compra da Opel, da General Motors (GM), em meados de julho, de acordo com o diário alemão Bild, citando fontes do Ministério da Economia.

Muitas questões continuam sem solução e “a possibilidade de um contrato ser assinado na próxima semana é extremamente baixa”, informou o jornal citando fontes.

O diretor-geral da Magna, Siegried Wolf, declarou na edição de quinta-feira do diário Rheinische Post, que a empresa tinha “a intenção de apresentar os documentos necessários em 15 de julho” para selar o acordo. “Estamos no caminho certo”, acrescentou Wolf.

No final de maio, a Magna e a GM assinaram uma carta de intenções sobre a Opel com o apoio do governo alemão, que deve fornecer suporte financeiro substancial para o acordo, mas as negociações têm ocasionalmente enfrentado problemas desde então.

No final da semana passada, o chefe da GM Europa, Carl-Peter Forster, disse que a Magna tinha “uma considerável liderança” em relação aos outros interessados na disputa, incluindo a chinesa BAIC, e se declarou otimista de que o acordo com o grupo austro-canadense, que é apoiado por capital russo, seria atingido até o meio de julho.

Roland Koch, premiê regional de Hesse, estado alemão que irá contribuir para o plano de resgate da Opel, também apoia a Magna frente à concorrente na disputa, a BAIC, que fez uma oferta concreta pela unidade alemã da GM e sua unidade britânica, a Vauxhall.

A Opel não pode ser dirigida por uma companhia que “produz 12 mil carros por ano e nem mesmo tem o apoio do governo chinês”, disse Koch ao jornal regional Hamburger Abendblatt. A Magna é “a melhor solução” e tem “uma larga vantagem em relação aos outros interessados”, acrescentou.

De acordo com a última edição da revista semanal Automobilwoche, que chegará às bancas na segunda-feira, uma reunião do conselho da Magna na Áustria – que aconteceria na terça-feira (14) – foi adiada e a data limite para fechar o acordo (15 de julho) teria sido desconsiderada.

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