Lucro do BNDES tem queda de 19,3% no 3º trimestre

O lucro líquido do BNDES recuou 19,3% no terceiro trimestre de 2013 ante igual período do ano anterior, para R$ 1,624 bilhão. O patrimônio líquido da instituição somou R$ 60,331 bilhões ao fim de setembro de 2013, ante R$ 55,172 bilhões em 30 de junho. No acumulado até setembro, o lucro do banco ficou em R$ 4,9 bilhões, 3,5% superior a igual período de 2012.

Com isso, o patrimônio de referência, usado como parâmetro prudencial na concessão de empréstimos, ficou em R$ 102,868 bilhões, superior aos R$ 96,021 bilhões registrados ao término do segundo trimestre. O BNDES pode financiar um projeto ou empresa em, no máximo, 25% de seu patrimônio de referência.

Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 745,2 bilhões em 30 de setembro de 2013, crescimento de 2,2% em relação a 30 de junho de 2013. A inadimplência do Sistema BNDES ficou em 0,02% em setembro de 2013. Segundo o banco, ela “permanece a mais baixa do setor financeiro brasileiro” e foi a menor obtida nos últimos cinco anos no BNDES, “apesar das incertezas nos mercados financeiros e de capitais”. A média do Sistema Financeiro Nacional foi de 3,3% em setembro, segundo dados do Banco Central.

A BNDESPar, empresa de participações do BNDES, aproveitou, no terceiro trimestre, um período mais propício para oferta de participações acionárias no mercado. O resultado foi uma receita de R$ 625 milhões com o giro da carteira, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 354 milhões.

“A Bolsa continua operando de lado desde 2008. Ainda não houve melhoras que permitissem uma venda mais consistente. Mas, a despeito disso, temos conseguido uma boa performance”, diz Carlos Frederico Rangel, chefe do Departamento de Contabilidade do banco.

Também houve melhora na linha de arrecadação com juros e dividendos sobre capital próprio distribuídos por empresas onde a instituição tem participação acionária. No acumulado do ano até setembro, a empresa de participações do BNDES embolsou R$ 2,198 bilhões nessa rubrica, 10% a mais do que o resultado obtido no mesmo período do ano passado.

Rangel classificou o resultado geral do banco, com lucro de R$ 4,9 bilhões no acumulado até setembro, como “bastante satisfatório”, diante do cenário atual. E destacou a melhora obtida na intermediação financeira, mesmo diante da redução dos juros.

No segmento de crédito, o perfil da carteira melhorou. No ano passado, até setembro, o banco acumulava provisão de R$ 417 milhões para fazer frente a eventuais inadimplências. Este ano, esta linha do balanço está positiva em R$ 225 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.