Linha de energia prometida ao Paraguai deve demorar

A segunda parte do acordo do governo brasileiro com o Paraguai, a construção de uma linha de transmissão de Itaipu até as proximidades da capital Assunção, pode demorar ainda mais do que o acordo de reajuste dos pagamentos pela energia da hidrelétrica, aprovado na noite de quarta-feira pela Câmara dos Deputados.

Uma das principais promessas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar agradar os paraguaios, o linhão não tem recursos previstos no Orçamento do ano que vem e, até agora, apenas US$ 50 milhões estariam previstos para começar a obra. A previsão é de que o empreendimento vá custar US$ 400 milhões, pagos por meio do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem), um mecanismo criado em 2004 para financiar obras de infraestrutura na região, especialmente nas economias menores – o Paraguai é a menor delas, seguido pelo Uruguai.

Anualmente, os quatro países do bloco comercial aportam o equivalente a US$ 100 milhões, e o Brasil é responsável por 70% do total. Pelo acordo, o fundo financiaria US$ 100 milhões da obra com os recursos já depositados. Os outros US$ 300 milhões viriam de doações voluntárias do Brasil.

Apesar da licitação ter sido aberta em outubro do ano passado e as propostas reveladas em fevereiro deste ano, a única previsão de recursos até agora é a da parte já depositada no Focem. No Orçamento brasileiro não há previsão para 2011 nem se fala em incluir nada para 2012. A previsão era de que a obra fosse concluída até 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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